Equipe médica atualiza o estado de saúde do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que teve de ser submetido às pressas a uma cirurgia na madrugada desta terça-feira (10) para drenar um hematoma intracraniano.
A equipe médica liderada por Roberto Kalil Filho e Ana Helena Germoglio (São Paulo) atualizou o estado de saúde do presidente após a craniotomia para drenagem de um hematoma. Segundo Kalil, o presidente está acordado e conversando normalmente.
Kalil afirmou ainda que o presidente deve permanecer no Hospital Sírio-Libanês até a próxima segunda-feira (16), mesmo que seu quadro seja estável.
"O sangramento até é mais importante. Foi submetido para a ressonância magnética, que comprovou o sangramento, e discutido com a equipe médica", disse ele ao comentar que "não houve lesão dentro do cérebro", mas um hematoma que, no entanto, foi drenado.
"[O presidente Lula] encontra-se agora estável, conversando normalmente, se alimentando, e deverá ficar em observação aí nos próximos dias."
Segundo o médico, Lula deve ficar em observação por mais 48 horas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O cirurgião Rogério Tuma, que realizou o procedimento no presidente, explicou que o sangramento que levou à craniotomia é decorrente do acidente doméstico que Lula sofreu em outubro no Palácio da Alvorada.
Segundo a equipe médica, trata-se de um procedimento padrão para esse tipo de situação e consiste na abertura de um pequeno orifício no crânio para que o sangue oriundo do hematoma possa ser drenado.
"Se tudo correr bem, a previsão é que o presidente [Lula] estará de volta a Brasília na próxima semana", disse Kalil, sem dar maiores detalhes de quanto tempo Lula permanecerá internado.
No dia 19 de outubro, Lula sofreu uma queda em um banheiro da residência oficial da Presidência, batendo a região da nuca. O presidente precisou levar cinco pontos e, após exames de imagem, foi recomendado pelo corpo médico a cancelar viagens longas pelas semanas seguintes, incluindo a Cúpula do BRICS em Kazan, na Rússia.