Realizado pela primeira vez, sob a presidência brasileira do G20, o G20 Social contou com uma multidão em seu primeiro dia. Com a ideia de envolver desde o público geral a movimentos sociais e coletivos nas discussões do grupo, o âmbito social teve uma estreia de sucesso nesta quinta-feira (14).
Organizado por todo o espaço do Porto Maravilha, desde a praça Mauá ao centro cultural Armazém da Utopia, o foco do evento foi no Espaço Kobra, onde estão sendo oferecidas oficinas, palestras e rodas de conversa abertas ao público.
A estudante de direito da Universidade Federal Fluminense (UFF), unidade Volta Redonda, Ana Luisa Garcez destacou que o G20 Social aproxima diferentes segmentos da sociedade.
"É interessante porque podemos ver os problemas que às vezes não chegam até nós porque ficamos focados mais na parte jurídica."
Alice e Arthur, estudantes do tradicional colégio carioca Pedro II, descobriram o G20 Social através das propagandas do governo e se inscreveram para participar. "É muito bom porque entramos em contato com coisas que não costumamos ter diariamente", disse Arthur.
"Vimos uma palestra da Janja [primeira-dama] e outra da Macaé Evaristo [ministra dos Direitos Humanos]", conta Alice. "Toda a iniciativa é muito legal."
Milton Rezende, integrante da Executiva Nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), resumiu o que está sendo esse primeiro dia de trocas do G20 Social.
"Até agora aconteceram vários debates bons sobre segurança alimentar, organização da mulher, educação. Agora mesmo houve aqui o encontro das centrais sindicais do Brasil junto a outros setores. Então muitos diálogos estão acontecendo", enfatizou.
"Mas também é um ambiente para construir uma agenda estratégica para o futuro. Como construir essa agenda e organizar para que os próximos eventos, que vão acontecer na África do Sul e nos Estados Unidos, mantenham esse ambiente da sociedade civil, do diálogo da sociedade civil […]. Então é um momento ímpar do Brasil, e nós temos que apostar muito nesse espaço."