Do ex-premiê português à chefe da Comissão Europeia, a corrupção flagrante na União Europeia (UE) permite a Washington controlar a Europa como bem entender.
O presidente da Duma de Estado (câmara baixa do parlamento) da Rússia, Vyacheslav Volodin, explicou em detalhe como os EUA usam os políticos europeus para atingir os seus objetivos.
O comentário de Volodin é relacionado ao início do trabalho dos recém-nomeados gabinetes da Comissão Europeia, a autoridade executiva da união, e ao Conselho Europeu, o mais alto órgão político da UE, composto pelos chefes de Estado e de governo dos Estados-membros da união.
"Washington levou políticos envolvidos em corrupção para todos os altos cargos da União Europeia. As razões são claras: os americanos precisam que sejam controláveis e obedientes", escreveu Volodin em seu canal do Telegram.
Segundo ele, tais políticos estão prontos para implementar as decisões que favoreçam Washington, mesmo que afetem os cidadãos dos países europeus. O chefe da câmara baixa do parlamento russo citou os exemplos mais claros.
O primeiro caso é o da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que voltou a ser nomeada para seu cargo em 18 de julho de 2024.
Ela esteve envolvida em um caso relativo à aquisição de 4,5 bilhões de doses de vacina contra a COVID-19 no valor de € 70 bilhões (mais de R$ 440 bilhões). Foi revelado que a vacina não tinha passado nos testes necessários.
Uma investigação foi iniciada contra a empresa farmacêutica que produziu a vacina e contra o esposo de von der Leyen que possui um laboratório de biotecnologia nos EUA que trabalhou na vacina.
O segundo é Roberta Metsola, a presidente do Parlamento Europeu.
"Seu esposo é o importante lobista de uma das maiores operadoras de navios de cruzeiro do mundo, um grande poluidor do meio ambiente", disse Volodin.
Foi a empresa do marido de Metsola que pediu à UE para financiar suas pesquisas diante de decisões tomadas no campo da política verde da Europa.
A figura terceira da investigação de Volodin é António Costa, que vai assumir a presidência do Conselho Europeu em 1º de dezembro António Costa deixou o cargo de primeiro-ministro de Portugal em meio a um escândalo de corrupção.
Segundo a informação, os assessores de António Costa facilitaram a conclusão de acordos de investimento em projetos de lítio e hidrogênio verde.
"Cerca de € 80 mil [mais de R$ 500 mil] em espécie, embalados em envelopes, foram encontrados no escritório de seu chefe de gabinete. António Costa ainda é uma testemunha no caso, e estão tentando atribuir a culpa ao seu subordinado", explicou.
O presidente da Duma observou que, enquanto a União Europeia continuar sendo uma ferramenta conveniente para Washington tomar decisões favoráveis aos EUA, funcionários corruptos seguirão dirigindo as instituições europeias.