biofarmacêutica chinesa Sinovac Biotech começa nesta sexta-feira, em Belo Horizonte, na UFMG, a terceira fase de testes do CoronaVac, substância que se torna candidata à vacina contra coronavírus. Os estudos contarão com a participação de 852 voluntários todos da área de saúde - o cadastro teve adesão de mil profissionais. A participação é restrita a médicos, enfermeiros e paramédicos e que também precisam atuar diretamente no cuidado de pacientes infectados pelo vírus.
 
Os testes foram aprovados pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e por todas as outras entidades éticas e legais que regulamentam a área, é coordenada em todo o Brasil pelo Instituto Butantan, de São Paulo.
 
Os voluntários precisam atender a todos os critérios de elegibilidade, como ter mais de 18 anos, não ter sido contaminado pela COVID-19, não apresentar doenças crônicas e não fazer uso de medicamentos.
 
 
Ele explica também que será um estudo randomizado, quando os participantes são aleatoriamente distribuídos em dois ou mais grupos, e duplo-cego, ou seja, nem o voluntário nem o examinador sabem qual substância está sendo aplicada. Um grupo receberá a candidata a vacina, mas outro grupo receberá uma substância inerte, o placebo. “Isso é necessário para podermos comparar os dois grupos no futuro e avaliar os resultados. O esperado é que o grupo que recebeu a substância ativa esteja imune, mas isso é o que a pesquisa precisa nos dizer", afirma Mauro Martins, do Departamento de Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas (ICB). Se houver benefícios, todos os participantes da pesquisa serão devidamente vacinados ao final do estudo.