Ao pedir ajustes no texto da reforma administrativa, que deve ser finalizado nesta terça-feira (18), o presidente Jair Bolsonaro pediu a sua equipe econômica para não focar apenas em números e ajuste fiscal, mas também nas pessoas e nos servidores. Segundo ele, a reforma não pode transformar o servidor no vilão da República.
Bolsonaro concorda com sua equipe econômica sobre a necessidade de reformular o serviço público, buscando desinchar a máquina em alguns setores. Ele disse ao ministro Paulo Guedes (Economia) que não iria desistir da proposta e que a considera essencial para tornar o Estado menos pesado para os contribuintes e mais eficiente na prestação de serviços.
Ele foi alertado por assessores, porém, que as primeiras versões focavam muito mais na questão do ajuste fiscal. Por isso, decidiu pedir à equipe de Paulo Guedes ajustes na proposta e que ela tratasse apenas dos futuros servidores, não alterando as regras para os atuais.
Segundo interlocutores do presidente disseram ao blog, Bolsonaro afirmou que é normal que o Ministério da Economia veja mais os números, mas ele tem de olhar também o lado das pessoas. Nas palavras de um assessor direto do presidente, ele deu a determinação para que o texto final seja equilibrado, procurando reduzir os gastos com pessoal, mas também valorizando o servidor público eficiente.
A equipe econômica avalia como fundamental enviar a reforma administrativa ainda nesta semana ao Congresso, para que a tramitação comece logo depois do Carnaval. Depois da divulgação de números ruins para economia neste início de ano, os assessores de Paulo Guedes têm alertado que, para o Brasil crescer mais forte, será necessário sinalizar que novas reformas serão aprovadas em 2020.