Sob forte esquema de segurança, mas sem a presença de torcedores, a delegação do Santos desembarcou por volta ao meio-dia desta sexta-feira no aeroporto de Congonhas, em São Paulo. De volta de Curitiba, onde tinha perdido na quinta por 2 a 0 para o Atlético-PR, o grupo ruma agora de ônibus até Santos.

O Santos está na 18ª colocação do Campeonato Brasileiro, com seis pontos após oito rodadas, a dois de sair da zona de rebaixamento. O próximo adversário é o Vitória, no domingo, na Vila Belmiro.

– Agora é pedir apoio (da torcida), e a gente, dentro de campo, procurar melhorar para sair com o resultado que são as vitórias – disse rapidamente Renato, o único a falar no aeroporto.

Cerca de dez seguranças com uniforme do clube escoltaram os jogadores e a comissão técnica desde o portão de desembarque até a subida no ônibus. Diante dos últimos acontecimentos, havia o receio de que os jogadores fossem novamente confrontados por torcedores.

 

A pressão sobre o elenco santista e o técnico Jair Ventura aumentou desde domingo, com a derrota por 1 a 0 para o Cruzeiro, no Pacaembu. À noite, os muros da subsede do clube em São Paulo foram pichadospela segunda vez neste ano.

Na terça-feira, no último treino antes da viagem a Curitiba, jogadores receberam membros de torcidas organizadas dentro do CT Rei Pelé, em encontro promovido pelo vice-presidente do clube, Orlando Rollo.

Depois da derrota para o Atlético-PR, na noite de quinta, a pressão aumentou: torcedores invadiram o saguão do hotel onde a delegação dormiria na capital paranaense e, em Santos, os muros da Vila Belmiro amanheceram com pichações – nos dois casos, Gabigol foi o principal alvo dos protestos.