Um ônibus de turismo quebrou na noite deste domingo (20) e mais de 60 turistas, integrantes de uma excursão, ficaram mais de 15 horas abrigados de maneira improvisada em uma lanchonete na rodovia dos Tamoios (SP-99) em Paraibuna (SP). No começo da tarde desta segunda-feira (21), um mecânico foi ao local.

(Atualização: O reparo foi feito pelo mecânico e o ônibus seguiu viagem às 15h20, mas quebrou novamente após 20 km de percurso, às 15h40. Por volta das 17h30, os passageiros fretaram um ônibus para seguir viagem)

A excursão partiu de Vargem Grande do Sul (SP) na última quinta-feira (17) com destino a Ubatuba (SP). No retorno, à noite, o ônibus começou a apresentar defeito em Caraguatatuba.

“Houve um problema na embreagem, mas o motorista fez uma manutenção e continuou viagem. Na subida da serra quebrou de novo. A empresa mandou um mecânico agora a tarde, mas não queremos ir nesse ônibus que só quebra. Na ida ele quebrou também, mas arrumaram rápido”, disse a passageira Cristiane Aparecida Miguel.

Os passageiros ficaram em uma lanchonete às margens rodovia. Eles contaram que crianças e idosos dormiram no o chão e que tinham com poucas roupas de frio - as temperaturas caíram entre domingo e segunda. Como é fim de viagem, eles dizem que estão sem dinheiro até para comer.

“Houve um boato de manhã e falaram que a gente poderia tomar um café da manhã que o motorista ia pagar com um cartão da empresa. Todo mundo pegou um salgado e um suco na lanchonete e o motorista disse que não vai pagar. O dono da lanchonete ameaçou chamar a polícia”, afirmou Cristiane, que está com a filha de 12 anos.

O valor da viagem, cobrado por pessoa, foi de R$ 480. O 'pacote' incluía o passeio de quinta a domingo, com hospedagem, transporte e três refeições inclusas. O fretamento do ônibus foi por uma mulher, que organizou a excursão.

 

Outro lado

 

Por telefone, Marcos Henrique Grilo, dono da empresa Grilo Car Turismo, que faz a viagem, informou que a empresa fica em Guaxupé (MG), a cerca de 400 quilômetros de distância da rodovia, por isso, a demora no atendimento aos passageiros.

"Um mecânico começou a ver se consegue resolver o problema agora a tarde, mas se não conseguir, um novo ônibus deve ir buscá-los", disse. Ele não explicou por que demorou para indicar um mecânico para o trabalho.

A organizadora da viagem Glenda Eloá Gomes, disse que fechou contrato com a empresa de ônibus e que cobra deles o suporte aos turistas. "Queríamos um novo ônibus, porque esse arruma e ele quebra de novo. Está bem complicado", afirmou.

A Polícia Rodoviária Estadual disse que não atuou naA Polícia Rodoviária Estadual disse que não atuou na ocorrência porque os turistas estavam abrigados em local onde não havia risco de acidentes. A lanchonete onde os passageiros estão também foi procurada, mas não atendeu as ligações.