Depois de uma vitória, tudo fica mais tranquilo. E no Atlético-MG não é diferente. Na estreia do Campeonato Brasileiro, o Galo venceu o Avaí por 2 a 1, sob protestos de parte torcida, que vem cobrando um melhor desempenho dos jogadores e do presidente Sérgio Sette Câmara. Entre os alvos, um nome se destaca por não estar presente: o do atacante Luan.

Leonardo Silva e Victor, velhos de casa e com status de ídolos do Atlético-MG, não foram poupados, enquanto Luan vem sendo ovacionado pela torcida no decorrer das partidas neste momento conturbado. Porém, o atacante não vê mérito algum em ser poupado de críticas e relembrou que em 2015 era alvo de vaias.

 
Luan minimizou o protesto da torcida atleticana no jogo contra o Avaí — Foto: Bruno Cantini / Atlético

Luan minimizou o protesto da torcida atleticana no jogo contra o Avaí — Foto: Bruno Cantini / Atlético

- É complicado, porque são companheiros de trabalho e ninguém gosta de ser vaiado e criticado. As vezes afeta dento de campo, quando se vive situações assim. Todo mundo é maduro, eu já fui cobrado aqui quando cheguei. Em 2015 fui vaiado e nunca baixei a cabeça. Pressão vai existir sempre, mas são jogadores maduros e que sabem da sua responsabilidade. É ruim, por que queremos o torcedor junto e com a gente sempre. Não é que eu seja poupado, mas o torcedor do Atlético quer que você dê o seu máximo. Não que eles não estejam, mas a pressão para gente que continua aqui depois de ganhar títulos é sempre maior. Eles sempre vão cobrar mais, exigir mais, porque sabe que a gente já deu a volta por cima, já fez coisas impossíveis. Sem duvidas é muito ruim e espero que o torcedor possa apoiar, voltar a lotar o Independência e o Mineirão. Eu sempre falei que a torcida do Atlético é diferente. É legal quando estádio está em sintonia com a torcida, mas temos que respeitar, porque eles pagam ingresso, deixam de estar com a família e no fim o nosso resultado em campo não é legal.

O atacante entende que a pressão em momentos conturbados da equipe é normal, mas deixou claro que o time virou a chave para o Brasileiro e destacou que a vitória foi essencial para o Galo dar o primeiro passo para retomar a confiança.

- A gente sabia que seria difícil a pressão por resultados favoráveis, mas virou a chave. É uma competição nova, era importante vencer, principalmente em casa, para resgatar a confiança. Vivemos altos e baixos na partida e o mais importante foi começar vencendo. Agora sabemos que temos três jogos difíceis fora de casa, contra duas equipes chatas de jogar, que sempre dão trabalho. A pressão existe sempre em time grande, principalmente no Brasil. Você joga no fim de semana e no meio já tem jogo, não da nem para comemorar. Na quarta você já tem que fazer um jogo excelente, porque a cobrança é muito grande no Brasil.

Por fim, Luan não deixou de destacar a importância do retorno da dupla de zaga titular do Atlético-MG: Réver e Igor Rabello. Os zagueiros foram liberados pelo departamento médico e devem reforçar o Galo na segunda rodada do Brasileirão, diante do Vasco, nesta quarta-feira, às 21h30 (Brasília), em São Januário.

- Importante, o Rever todo mundo já conhece a qualidade que ele tem, o zagueiro que ele é. O Rabello teve essa complicação, mas graças a Deus está recuperado. Eles voltam para fortalecer mais o nosso grupo.

 
Igor Rabello e Réver vão voltar ao time do Galo na quarta-feira — Foto: Bruno Cantini / Atlético-MG

Igor Rabello e Réver vão voltar ao time do Galo na quarta-feira — Foto: Bruno Cantini / Atlético-MG