A cidade de São Paulo ultrapassou 10 mil mortos pelo novo coronavírus, informou a Prefeitura. Até esta terça-feira-feira (4), eram 10.055 mortos.
O estado de São Paulo considera que 9.909 mortes foram registradas na cidade até esta quinta-feira (6). O critério de notificação adotado pela prefeitura é diferente do da gestão estadual, pois considera a data em que as mortes ocorreram e não a data de registro.
De acordo com a Prefeitura, a capital paulista está em uma tendência de queda no número de mortes. Em junho, a cidade registrava, em média, 110 mortes por dia. No começo de julho, eram 83 mortes por dia. No primeiro dia de agosto, foram 59 mortes – mesmo índice de abril, quando o número de óbitos disparou.
A Prefeitura de São Paulo informou que mais da metade dos mortos pelo novo coronavírus tinha mais de 70 anos – sendo a maioria homem e de cor de pele branca. Apesar disso, a Prefeitura estima que, se contrair a doença, os pretos têm chance 62% maior de morrer.
"Nós estamos com algo em torno de 10% da população infectada, que já passou pela infecção e sobreviveu à infecção. Isso é muito distante da imunidade coletiva que nós gostaríamos de ter atingido. Então, existe muito caminho para andar ainda", afirma Gonzalo Vecina Neto, professor na Faculdade de Saúde Pública da USP.
A segunda fase do inquérito sorológico divulgado no dia 9 de julho mostrou que 1,2 milhão de pessoas foram infectadas na cidade de São Paulo. O número é quase 7 vezes maior do que os dados oficiais, o que aponta para subnotificação da doença. No dia 8 de julho, o boletim da Secretaria Municipal da Saúde mostrou que havia apenas 144.573 casos confirmados de Covid-19 na cidade.
“Nós tínhamos 1,16 milhão e agora nós temos 1,2 milhão de pessoas. É por isso que o inquérito sorológico tem se mostrado uma estratégia eficaz aqui da Prefeitura de São Paulo porque se a gente tivesse feito teste em toda a população a gente teria agora que repetir mais 12 milhões de testes. O inquérito permite a gente ter números e dados que a testagem em massa também daria a um custo bem menor e com muito mais eficácia", afirmou o prefeito Bruno Covas (PSDB).
Perfil
A população mais pobre e da cor parde que teve contato com a doença, segundo a pesquisa, o que comprova o avanço da doença nas periferias da cidade. Veja o perfil dos contaminados:
- está na faixa etária de 35 a 49 anos;
- indivíduos que nunca estudaram;
- da raça parda;
- com renda das faixas D e E;
- nos domicílios com cinco ou mais moradores acima de 18 anos;
- quem nunca praticou as medidas de isolamento social;
- quem trabalha fora de casa ou em regime misto.
Distritos
A Zona Sul é a pior região da cidade e concentra 11% dos casos, seguida da Zona Leste que tem 9,9%. De acordo com o inquérito sorológico, os casos se concentram em 14 regiões da cidade. Veja os bairros abaixo:
- Brasilândia
- Cachoeirinha
- Jaçanã
- Liberdade
- Santa Cecília
- Cidade Ademar
- Jardim São Luiz
- Campo Limpo
- Capão Redondo
- Parque São Lucas
- Sapopemba
- Itaim Paulista
- Itaquera
- Lajeado