economia brasileira registrou uma retração recorde de 8,7% no segundo trimestre, na comparação com os três meses anteriores, segundo dados do Monitor do PIB-FGV, divulgados pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) nesta terça-feira (18).

Se a retração do PIB se confirmar no segundo trimestre deste ano, o Brasil terá entrado oficialmente em "recessão técnica", ou seja, recuo do nível de atividade por dois trimestres consecutivos.

 

"O resultado da economia no 2º trimestre foi o pior já vivenciado pelo país desde 1980. É inegável que a pandemia de COVID-19 trouxe enormes desafios para a economia brasileira que ainda devem demorar a serem solucionados", afirma em nota o coordenador do Monitor do PIB-FGV, Claudio Considera.

 

A queda da atividade econômica acontece em meio à pandemia do novo coronavírus, que tem derrubado a economia mundial e colocado o mundo no caminho de uma recessão. Nos últimos meses, porém, indicadores têm mostrado o início de uma retomada no Brasil, em setores como indústria e comércio.

 

Melhora em junho

 

Apesar do fraco resultado trimestral, o Monitor do PIB aponta crescimento de 4,2% em junho, na comparação com maio. De acordo com o coordenador da pesquisa, os resultados mostram que, embora a economia esteja no segundo trimestre pior do que nos três meses anteriores, "no curto prazo já se observa uma melhora da atividade".

Frente ao segundo trimestre de 2019, o monitor aponta uma retração de 10,5% no PIB. Na comparação entre meses de junho, a queda é de 6,5%.

 

Principais resultados

 

O Monitor do PIB apontou que no segundo trimestre, em comparação com o mesmo período de 2019:

Perspectivas e projeções para 2020

 

O indicador da FGV ficou melhor que o apontado pelo Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), do Banco Central (BC), que apontou uma retração de 10,94% no segundo trimestre.