dólar continua a subir em relação ao real nesta quinta-feira (7) e chegou a operar acima de R$ 3,94, mesmo após o Banco Central reforçar a intervenção extraordinária no câmbio mais cedo. Os investidores seguem cautelosos diante das incertezas nos quadros fiscal e político.

Às 14h34, a moeda norte-americana tinha valorização de 3%, a R$ 3,9524. Na máxima do dia, alcançou R$ 3,9589. O dólar comercial não ultrapassava este patamar desde março de 2016.

O dólar turismo era cotado a R$ 4,1160. Veja mais cotações.

Em casas de câmbio consultadas pelo G1, já acrescido do imposto sobre operações financeiras (IOF), o dólar já é negociado entre R$ 4,08 e R$ 4,16. No cartão pré-pago, os valores variam entre R$ 4,30 e R$ 4,35.

Veja as cotações:

  • Vip's Corretora de Câmbio: R$ 4,08 em espécie e R$ 4,31 no cartão pré-pago
  • Treviso: R$ 4,16 em espécie e R$ 4,35 no cartão pré-pago
  • Get Money: R$ 4,16 em espécie e R$ 4,30 no cartão pré-pago

 

 

Preocupações no cenário doméstico

 

A greve dos caminhoneiros elevou as preocupações com a deterioração do quadro fiscal do Brasil, com a redução do preço do diesel gerando impacto bilionário sobre as contas do governo, destaca a Reuters.

“Estamos vendo um pequeno ataque especulativo ao Brasil via câmbio, mas acredito que é perfeitamente contornável”, afirmou o sócio-gestor da gestora Leme Investimentos, Paulo Petrassi, segundo a agência.

"A Anfavea divulgou ontem que 25 mil carros deixaram de ser entregues devido à greve dos caminhoneiros e o mercado passou a ter certeza que o PIB do segundo trimestre vem pior do que o esperado. E hoje de manhã foi divulgado o IGP-DI, pela FGV, que mostrou uma inflação de 1,64% em maio, forte devido a vários fatores como a paralisação e a desvalorização do real", afirmou o economista Alexandre Cabral.

Além disso, pesquisas eleitorais têm mostrado dificuldade dos candidatos que o mercado considera como mais comprometidos com ajustes fiscais de ganhar tração na corrida presidencial