Boa parte dos gols cruzeirenses em goleadas na Libertadores veio após uma mudança no jeito de cruzar as bolas no ataque

s gols são fruto da habilidade e da capacidade de quem marcou, mas também do trabalho realizado durante os treinos. Exemplo disso é a metade dos que foram marcados pelo Cruzeiro nas duas goleadas realizadas na Libertadores. Uma conversa entre Egídio, Mano Menezes e outros jogadores fez o lateral mudar a maneira de cruzar bolas na área adversária, algo que surgiu efeito nos cinco passes dados pelo jogador nas vitórias no torneio continental - responsável por quase metade das assistências nos 11 gols marcados (sete contra a Universidad de Chile e quatro diante do Vasco).

 

 

Quem revelou esse detalhe nas duas partidas foi o meia Thiago Neves, que contou que uma mudança foi decisiva para os gols saírem por meio do passe do lateral, que já havia sido seu companheiro nos tempos de Flamengo. O meia recebeu o passe para o segundo gol cruzeirense em São Januário.

- O Egídio eu já conhecia do Flamengo, já sabia que o cruzamento dele é perfeito. A gente também acertou o posicionamento, porque ele estava chegando muito no fundo, a gente não estava conseguindo acompanhar. Agora, como ele cruza bem, ele já chega e cruza da linha da grande área. Ele bate bem na bola, a curva que a bola faz é boa. É uma peça fundamental nossa, como a gente tinha o Diogo ano passado, temos o Egídio neste ano.

Além do passe para Thiago Neves, que foi dentro e na metade da grande área, Egídio também deu passe para o gol de Léo, cruzando uma bola quase do meio de campo do gramado. A outra assistência foi para Sassá, mas não veio de um cruzamento.

Egídio em disputa de bola com Soteldo, da Universidad de Chile, no Mineirão (Foto: Washington Alves/Reuters)

 

 

Na goleada por 7 a 0 sobre a Universidad de Chile, há uma semana, Egídio também deu dois passes para gol e duas vezes com o cruzamento com um novo posicionamento. O lateral cruzeirense comentou sobre os lances em que conseguiu dar passe no jogo contra o Vasco também.

- Nós conversamos bastante (ele e Thiago). Era o movimento do Sassá puxar, e ele (Thiago) vir por trás. A mesma coisa com o Léo. O Mano me cobra muito essa bola na frente da zaga. No jogo passado foi assim. Nesse jogo, mais uma vez, uma bola na frente que o Léo antecipou e conseguiu fazer o gol. O time está de parabéns. Isso é tudo fruto de treinamento.

Até os jogos da Libertadores, Egídio só havia dado um passe para gol na temporada. Com a vitória cruzeirense, a Raposa depende de um empate na última rodada para se classificar às oitavas de final da competição continental.